Tirinha criada pelo cartunista Carlos Ruas Bon

Tirinha criada pelo cartunista Carlos Ruas Bon
Deus e o Meio Ambiente

sábado, 24 de abril de 2010

Ondaa Verde apoia o código florestal e você?

É isso aí queridos leitores, post bem sério e com ares de protesto.
*
O Deputado Aldo Rebelo PCdoB-SP, é o relator do projeto que tem por objetivo uma revisão das leis do Código Florestal ( Conjunto de leis brasileiras de proteção ao meio ambiente), favorecendo assim a bancada de ruralistas.
O projeto terá pelo menos 11 alterações sugeridas até final do mês abrandando assim as leis de crime ambiental e deverá entrar em votação ainda este ano.
*
Segue abaixo, um trecho da entrevista concedida pelo Deputado e caso você queia ler na íntegra é só
clicka AQUI.
*
A revisão do Código Florestal compreenderá 11 modificações. Quais são os maiores problemas da legislação atual?


Nós temos dois problemas: um é a chamada reserva legal, que obriga a destinação de 20% das propriedades na Mata Atlântica para florestas ou reflorestamento. Os índices ainda crescem para 35% no cerrado e 80% na Amazônia. Como havia anteriormente a autorização para uso de áreas maiores ou a falta de aplicação da lei florestal, o resultado é que poucas propriedades conseguem se adequar a esse índice. Reflorestar a área tem custo maior do que toda a própria propriedade. É inviável, especialmente para o pequeno produtor. Também é injusto que a conta pela preservação só recaia sobre eles. O fato é que a legislação ambiental é exagerada e não foi acompanhada de um programa. Tornamos crime ambiental até tirar uma minhoca de uma área de proteção permanente (APP).

As áreas de preservação permanente (APPs) também são desrespeitadas. O novo código flexibilizará os limites?


As APPs são um problema. A vida no Brasil, indiretamente, existe ao longo dos rios. No Pantanal, por exemplo, a pecuária extensiva utiliza o capim nativo há 250 anos, dentro de APPs ou ocupando reservas legais. A ocupação é sustentável, o bioma está completamente preservado, a pastagem nunca foi degradada, a pecuária não contribuiu para agredir o bioma. Mas, pela lei, grande parte seria ilegal. Nós precisamos encontrar soluções práticas para essas pessoas, que estão sobrevivendo em condições que, pela lei atual, não seriam permitidas. Na realidade, 90% dos produtores, ou 5 milhões de pessoas, estão à margem da Lei de Crimes Ambientais.
*
Quer dizer então Deputado, que se as propriedades não se aedquam, as leis devem se adequar aos propietários? Dois pesos e duas medidas? É isso mesmo?
Com que embasamento o Senho afirma que "Reflorestar a área tem custo maior do que toda a própria propriedade"?
Querido Deputado, se o Pantanal usa o capim nativo há 250 anos, então há 250 anos a pecuária extensiva o utiliza de maneira errada, some-se a isso o agrvamento pela falta de conhecimento técnico dentre outros motivos.
Quando o senhor diz que: "A ocupação é sustentável, o bioma está completamente preservado, a pastagem nunca foi degradada, a pecuária não contribuiu para agredir o bioma..." Nós vivemos realmente no mesmo país?
*
Enfim... um dos maiores problemas que vejo hoje  nas questões de ordem ambiental, é sim a falta de conhecimento sobre o assunto, não só da população em geral mas de autoridades políticas que acabam
criando projetos como este, sem o menor conhecimento das causas ambientais.
Uma pena.
*
Se você é contra a reformulação do Código Florestal, é simples. Entre no endereço http://www.greenpeace.org.br/codigo/envie_msg.php
e participe.
 
 
 Fonte: wwf e portal Aldo Rebelo

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pirá-Brasília (Simpsonichthys boitonei )

Uooooou, tô de volta! Movimentando lentamente este querido blog abandonado.
E aí meus queridos, que o post de hoje é pegando o embalo do aniversário de Brasília (embalo este, levemente atrasado eu sei). Eita que eu já escutei você aí perguntando quem diabos é Pirá-Brasília.
Então vamos ao post de hoje.
*
Fique você sabendo caro leitor, que Pirá-Brasília é um peixinho muito lindo e cheio de graça que está correndo seriamente risco de extinção. O Simpsonichthys boitonei  segundo a WWF foi descoberto logo no início da construção da cidade de Brasília e foi encontrado em brejos próximos ao riacho Fundo, um dos afluentes do lago Paranoá. Mas o peixinho vive mesmo é em lagoas rasas, e é aí que mora o perigo que você já vai entender.
*
Todo mundo sabe que Brasília tem uma estação seca muito rigorosa e que quando se inicia essa estação as lagoas secam (lembra que eu escrevi que as lagoas são rasas?) e consequentemente os peixes acabam morrendo. Mas, é aí que toda a genialidade da Natureza entra em ação, antes de morrerem os Pirá-Brasília
depositam seus ovos no solo da lagoa e quando chega a estação chuvosa os ovos acabam eclodindo, dando início a uma nova geração de Pirá-Brasília.  E onde entra a extinção? Favor continue lendo...
*
Se por um lado a Natureza mostra toda sua genialidade, por outro lado o homem tem que cagar o *&% -
perdão pelo termo- com a sua burrice. O peixinho ele é endêmico, não sabe o que é endêmico? Pois tome nota:
Segundo a Tia Lúcia, uma espécie é endêmica quando ela só existe naquela determinada região, ou seja, o Pirá é exclusividade de Brasília. Voltando a extinção...
Com o início da estação e os peixinhos mortos, o aumento da população urbana. o assoreamento, poluição dos rios e tudo mais, tudo isso impede que o ciclo do Pirázinho recomece fazendo com que a espécie
marque presença nas listas de animais ameaçados de extinção da União Mundial para a Natureza e do Ministério do Meio Ambiente.
A título de curiosidade, Atualmente, o pirá-Brasília só é encontrado na Reserva Ecológica do IBGE, uma unidade de conservação inserida na zona de vida silvestre da Área de Proteção Ambiental Gama – Cabeça de Veado.

Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/abril_pira_brasilia.cfm


Então é isso
Buenas noches!
=)